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Crítica: Como se Tornar o Pior Aluno da Escola

Colunas, Crítica, Filmes

Crítica do filme de Danilo Gentili – Como se Tornar o Pior Aluno da Escola.

 

O filme retrata uma cena clássica: dois amigos nerds, um gordo e um magro, fazem amizade por força maior de “exclusão da turma”. Um deles encontra uma caixa de sapato enquanto tem uma crise existencial no banheiro da escola, a caixa estava cheia de itens da década de 80/90 como estilingue, cigarros de chocolate e a própria caixa que era da Kichute.

Quem encontra a caixa é Pedro (Daniel Pimentel), que sempre foi um ótimo aluno mas suas notas começaram a cair drasticamente. Na caixa ele encontra um caderno cheio de dicas e truques para matar aula, colar na prova e fazer trotes, tudo isso sem ser pego. Ele acredita que isso vai ajudá-lo a passar por esses momentos difíceis na escola e pede a ajuda do seu amigo nerd Bernardo (Bruno Munhoz).

Então os dois vão procurar pelo autor das dicas do caderno e começam a ter aulas com o Pior Aluno (Danilo Gentili) de Como se Tornar o Pior Aluno da Escola.

 

Algumas pessoas criticaram bastante o filme, acharam as piadas grosseiras e sem senso crítico. Bom, eu e uma velhinha que estava sentada ao meu lado, demos altas gargalhadas (inclusive das piadas “grosseiras”).

O filme conta com um elenco incrível, a começar pelo bom e velho Quico do Chaves, também conhecido como Carlos Villagrán, não dá pra entender muita coisa do que ele diz, mas isso torna sua participação ainda mais especial. E o Moacyr franco que da um show a parte, não dá pra descrever, apenas assista.

 

Imagine o Stifler de “American Pie”, se fosse pra ele fazer um filme onde volta pra escola pra ensinar os “cabaços” a serem os piores alunos da escola. Seria um filme exatamente assim.

Por essa comparação que acabo de lhe dar, fica fácil entender porque teve tantos comentários negativos. Esse é um tipo de humor 8 ou 80. Li na crítica do Vigília Nerd que o Gentili apresentou o filme em duas Comic Con diferentes e que foi vaiado em uma e ovacionado em outra. Ou seja, esse é aquele tipo de filme que não tem meio termo, ou você ama ou você odeia.

 

É um besteirol que te faz voltar as lembranças da escola, dos “brinquedos” da época dos trotes que dava nos colegas e na escola no geral. Que hoje está cada vez mais travado, até pra respirar tem que pedir licença. Claro que é preciso ter mais cuidado com o tipo de “brincadeira” feita com os colegas, não estou tentando defender isso, até porque eu mesma sofri o famoso bullying, mas na época era só “coisa de criança”. Só sei que a Olívia Palito aqui continua magra e comendo de tudo, sonho de muita gente que me apelidava (kkkkkk).

O que estou tentando dizer aqui é que as pessoas estão mais intolerantes, isso as torna mais agressivas e inflexíveis também. Por isso o filme teve essa parcela de críticas negativas. Claro que tem os pontos mais pesados, algumas “viagens na maionese”. Mas é filme gente, que dia vocês já viram um filme sem um toque de exagero?

 

A única coisa que achei desnecessário ou talvez feito da forma errada, foi a tentativa de incluir o público no filme. Você vai ver do que estou falando quando assistir. O fato é que a cena ficou muito forçada e quebrou um pouco a ligação com o filme. Sabe quando você está assistindo algo e fica vidrado na tela? Então, essa ligação.

 

No geral o filme é muito engraçado mesmo, você vai rir, vai ver as dicas do caderno e “como não pensei nisso?!”, vai ter momentos nostálgicos, não só pelos objetos da caixa mas também pelos atores que fizeram parte da nossa infância. Apenas permita se divertir.

Dica: Acompanhe os créditos.

 

Texto por Mayara Scalon









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